Durante a semana em que se celebra o Dia Nacional da Caatinga (28 de abril), o Projeto Plansanear destaca a importância de considerar as especificidades desse bioma no planejamento e na implementação das políticas públicas de saneamento básico.

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando aproximadamente 844 mil km², ou cerca de 10% do território nacional, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Reconhecido por sua vegetação adaptada às condições semiáridas, o bioma abriga uma biodiversidade significativa e comunidades historicamente vulnerabilizadas, que enfrentam limitações estruturais no acesso a serviços essenciais de saneamento.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2022) indicam que os municípios localizados na região semiárida apresentam índices inferiores à média nacional em relação à cobertura de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e infraestrutura de drenagem urbana. A ausência ou precariedade desses serviços compromete a saúde pública, agrava desigualdades sociais e amplia pressões sobre o meio ambiente.

Esses desafios são intensificados por fatores climáticos característicos da região, como a irregularidade das chuvas, e por processos ambientais, como a desertificação, que já atinge aproximadamente 13% da área da Caatinga, conforme levantamento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA, 2021). Tais condições exigem atenção técnica e institucional para o planejamento de intervenções compatíveis com a realidade territorial do bioma.

Fontes:

Ministério do Meio Ambiente (MMA) – www.gov.br/mma
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2022) – www.snis.gov.br
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Atlas da Vulnerabilidade à Desertificação, 2021
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Censo 2022